Um copo suado na minha frente
Com cerveja já quente dentro
E nesse bar a certeza
É a unica que não está bêbada
E a marca de água na madeira do balcão
Certamente ficará lá por muito tempo
Pois não pretendo voltar tão cedo
Só tenho um fiel cachorro a minha espera
Talvez uma fatia de bolo estragada na geladeira
Assim como todo meu estado
Estou exausta
"Garçom, mais uma, por favor!"
Deixe-me dormir por aqui
Todos se foram, mais uma vez
E mais uma vez está tão frio
A solidão é a companheira da marca de água no balcão
Vou-me
Talvez embora
Talvez eu te procure
Deixe-me insana
É meu remédio
É a cura pra tudo isso
Vou-me
Adeus, pobres almas
Juntarei-me à minha azia durante a noite
Não bebo mais
Não prometo mais
Não minto mais
Foda-se!
Eu quero é encher a minha corrente sanguínea de álcool
"Garçom, outra por favor!"
Vou-me
Vou-me sozinha
Do que eu estava falando mesmo?
Ah sim! Da marca de água que vai ficar nesse balcão...
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